Com.porto

O cigarro era para o charme.

O batom, para o marinheiro.

O vestido de veludo, para o espelho.

 

Preservativo, não dispensava.

Quem via cara, não via Aids.

Vacilava, empacotava.

 

Punhal, não saia sem.

Quando preciso foi,

Não poupou ninguém.

 

Estivadores, não gostava. Brutos.

Gringos eram bem-vindos. Ricos.

Presentes chegavam do oriente. Luxo.

 

A dança era pra agradar o freguês.

Mas o que quer agora é esquecer o que fez.

 

 

El cigarrilo era para el charme

El pintalabios, para el marinero

El vestido de terciopelo, para el espejo

 

Preservativo, no dispensaba

Quien veía la cara, no veía la sida

Se distraía, se pasaba.

 

Puñal, no salía sin.

Cuando preciso fue,

No perdoné a nadie

 

Estibadores, no le gustaban. Brutos.

Guiris eran bienvenidos. Ricos.

Regalos llegaban del oriente. Lujo.

 

La danza era para complacer al cliente

Pero lo que quiere ahora, es olvidarse lo que hizo

 

Por Kkpompeu, Ligia Roca e Vanessa Rodrigues

 

 

 

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